terça-feira, 18 de maio de 2010

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Eu te falo que não. Eu te falo que eu sei. Te falo do que eu não fiz, do que eu fiz e do muito que eu ainda faria.
Eu te falei.

E o que será que eu quis? O caso é que todas as minhas tentativas passadas eram temidas justamente pelo receio de chegar a um lugar que eu nunca soube como definir: o desconhecido. E no desconhecido a gente se perde. A gente não sabe onde pisa. Não sabe se vai cair, se vai levar uma rasteira, se vai querer encontrar um lugar seguro.

Eu me desconheço.

Será mesmo que eu quis tudo isso? Eu te digo que não me importo. E eu faço tudo o que eu quero. Até o que eu não quero.
Eu testo todas essas capacidades de perdoar e receber perdão, acreditando que existe alguma coisa maior do que todos esses erros bobos que a gente comete pelo meio do caminho. E são bobos não porque somos ingênuos ou porque somos santos e fingimos não saber a importância das coisas. Eles são bobos pelo significado zero que representaram diante de tudo aquilo que um dia eu imaginei que eu e você seríamos capazes. Do que fomos capazes.
E se eu tenho falhado, é por não saber mais ser tão decidida sobre o que nós dois acreditávamos.

Eu não quero mais prometer. Eu não quero mais ter que te dizer que eu sinto um monte ou então fingir que não me importo. Eu não quero mais ter que passar por ti e abrir o maior dos falsos sorrisos, fingindo que estou melhor do que sempre estive. A importância se traduz em tudo o que deixamos subentendido, nas coisas nunca ditas e que nem precisaram mesmo ser ditas.

Eu preciso de segurança. E não é como voltar pro começo, porque a saudade existe mais do que nunca existiu. Eu nunca estive tão perdida

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